Tadej Pogacar, vencedor do ranking individual da UCI pela quarta temporada consecutiva, garantiu mais uma vez o prestigiado prêmio Bicicleta de Ouro, reconhecendo o melhor ciclista do ano. O esloveno, que já havia conquistado o título em 2021, foi praticamente imbatível em 2024, com vitórias no Tour de France, Giro d’Italia e no Campeonato Mundial de Estrada.
Na cerimônia realizada em Paris, a belga Lotte Kopecky foi igualmente homenageada, recebendo o título de melhor ciclista feminina. Além disso, Pogacar e Kopecky também foram premiados com o troféu Eddy Merckx, que celebra o melhor corredor de clássicas, em uma votação internacional que contou com a participação de 40 jornalistas especializados.
Pogacar sucede o dinamarquês Jonas Vingegaard como vencedor da Bicicleta de Ouro, entregue pela renomada revista Vélo Magazine, sendo o primeiro ciclista desde Stephen Roche, em 1987, a alcançar a ‘Tríplice Coroa’ (Tour, Giro e Mundial no mesmo ano). Seus triunfos no Liège-Bastogne-Liège, na Volta à Lombardia, no Strade Bianche e no Campeonato Mundial consolidaram sua posição como o melhor ciclista de clássicas, superando o neerlandês Mathieu van der Poel, vencedor do Tour de Flandres e da Paris-Roubaix.
No setor feminino, Lotte Kopecky, campeã mundial e vencedora da clássica Paris-Roubaix, conquistou o prêmio pela primeira vez, sucedendo a neerlandesa Demi Vollering.
Pela segunda vez na história, a premiação, que existe desde 1992, foi realizada no Pavilhão Gabriel, nos Champs-Élysées, com um formato semelhante ao da entrega da Bola de Ouro no futebol.
Desde que iniciou sua carreira profissional em 2019, Pogacar, de 26 anos, já acumulou 88 vitórias. Ele venceu o Tour de France três vezes (2020, 2021 e 2024), foi vice-campeão em 2022 e 2023, além de alcançar o terceiro lugar na Vuelta de 2019. Seu primeiro triunfo foi registrado na Volta ao Algarve.
Na premiação, Romain Bardet foi reconhecido como o melhor ciclista francês da temporada, recebendo o troféu Bernard Hinault. Bardet teve um desempenho notável no Tour, vestindo a camisa amarela ao vencer a primeira etapa, além de conquistar o segundo lugar no Liège-Bastogne-Liège, logo atrás de Pogacar.
Pauline Ferrand-Prévot, campeã olímpica de mountain bike nos Jogos de Paris, foi laureada com o prêmio Daniel Morelon, dedicado ao melhor ciclista francês em modalidades olímpicas fora da estrada (pista, BMX e MTB). O prêmio Chris Hoy, que reconhece o destaque global, foi para o neerlandês Harrie Lavreysen, tricampeão olímpico em Paris.
Alexandre Léauté recebeu o prêmio de melhor paraciclista francês, enquanto o prêmio Gino Mäder, que homenageia iniciativas solidárias ou causas sociais, foi entregue ao espanhol Luis Angel Maté.
